Após o pós-vida
Quem tem medo
precisa de amor
e não de terror
Você enfrentou
o horror da morte
sob seus olhos cerrados
Eu vi a morte caminhando pelas ruas
eram lotes e lotados
Você escolheu algumas coisas
mas não conseguiu abrir mão de provar
que está viva pela possibilidade
de perder o que ainda há
E provoca no outro o dolo
para que o veja em si mesma
Eu preciso que você saiba
que estou com a vela acesa
Vigília e muita reza
que você ouve e que você não ouve
Se você fizer um mártir
perderá o parâmetro de novo
Mas desta vez
você não existe tal como existia
E eu sou seu radar, sua esquina
faça as pazes com sua serventia
Vai ter que abrir mão de alguns hábitos
vai ter que ficar limpa
Vai ter que saber que quero muito
que você se sinta viva
de verdade
Eu já não sei dizer
como é vida
assim
pois dói meus ossos
e tenho medo da doença
que destrói a estrutura corpórea
Dizem que por isso, eu preciso de sono
mas ao sono é necessário segurança
Só que ao que tudo indica
a Baleia Azul
corta o cabelo das crianças
e injeta porções de poções
no bumbum da mulher sonâmbula
Depois ainda coloca
um lixo qualquer na despensa
Você vai ouvir falar muito dela
ela anda como Gangue tigresa
Não sei se a vida é o sopro gostoso
que invade as narinas
Para cada qual uma simples vida
e para você
uma segunda lida
Se te levantaram, não queira esperar Dele que te abaixes
nem te rebaixes por isso
Não finjas que estás ocupada
em algo além do seu livre-arbítrio
Mas
se trocardes a face
vezes ao dia
será como poeira varrida
Mantenha-se coesa
unida
a uma garantia
Você é sua garantia
a pessoa que gruda
a pessoa que justifica
mentiu
quando disse que sabia
Eis a verdade,
eu estou dizendo que se ajudardes a quem precisa
não serás corrompida
mas se prejudicar o humilde
pisastes na cabeça da coroa de Cristo.
Atenciosamente,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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