As pupilas do Senhor Reitor

Não acredito que o amor conjugal se paute na paixão cálida e física, nem em carícias amenas ou palavras de amor.

Apesar da religião e da política influenciarem discussões em momentos de auto conhecimento na personalidade do outro, a cumplicidade se constrói dividindo o patrimônio, observando as finanças do lar, discutindo e respeitando o trabalho alheio.

Hoje em dia, as partes de um relacionamento entram em conflito ao não serem sempre constantes em uma única personalidade/nanotecnologia, e divergem da coincidência entre a ideologia produtiva e a personalidade com a qual se convive, e que não gera renda. 

Diante das inúmeras e atrativas ofertas do mercado de relacionamentos, que se move através de nanotecnologia e personalidades artificiais/alias, não há o que se prezar ou valorizar no cônjuge com quem se convive, apesar de saber que fora do lar, cada qual poderá ter um valor inestimável na sociedade.

Os cônjuges não conseguem discutir seus dramas mais profundos de trabalho no meio denso da vida competitiva, pois dentro dos lares, são menos importantes do que se parece. Eles são sempre muito humildes e às vezes criam formas de unirem-se à cumplicidade matrimonial, através de "picuínhas" e intromissões na vida alheia, para que assim sintam uma conexão da união em casamento junto ao dever social.


Tenho visto relações amorosas engajadas na melhoria da vida de outra pessoa, normalmente um jovem, na maior parte das vezes, uma moça. O sucesso desta missão depende 100% do engajamento altruísta e livre de interesses, egoísmo ou psicoativos, pois são muitos os momentos de contrariedade nesta jornada, onde relações extra-conjugais e desvio da cumplicidade figuram o desejo e o ímpeto das ações pré-concebidas em cada momento da vida da jovem. Os casais que conseguem se aprofundar da tutela de meninas ou moços que necessitam de uma orientação especial, normalmente são bem-sucedidos em entender melhor um ao outro em diversos parâmetros de suas profissões em âmbitos mais abrangentes como a mídia, a política, a economia e a imprensa no geral, de uma forma a qual outros casais, até mesmo aqueles com quem eles dividem seu relacionamento não conseguiriam.


Para entender se o momento o qual se engaja sentimentalmente com um cavalheiro é o da corte, matrimônio ou tutela, deve-se observar às mulheres quanto à maturidade emocional do desapego aos desejos por reconhecimento, retribuição, superioridade, competição e vingança. Aos homens deve-se observar a habilidade de dividir-se sem trair nem ser desleal, não contar segredos de uma a outra (nem que isso pareça favorecer o matrimônio original. A pupila é também um tipo de corte, não deve-se trair sua confiança), ter posse material o suficiente para que nada falte a suas pupilas, a seus filhos e a sua esposa, e por fim, ter estabilidade emocional para gerenciar seus negócios e finanças sem que seu trabalho comprometa sua vida pessoal - e vice e versa.


Homens e mulheres tendem a estudar psicologia para aprender a lidar com pupilos dentro de sua vida conjugal. Aqueles que buscam por reconhecimento, retribuição, superioridade, competição e vingança não podem atuar como tutores - e nem como psicólogos.


Atenciosamente,



Thaís Fernanda Ortiz de Moraes

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