Silêncio
sexo não é para curar saúde
sexo é para fazer ginástica
de intimidade
Eu escolho
minhas amizades
íntimas
e eu não te chamei aqui......
o idioma que nos unia
virou programações de gírias
guardadas a sete chaves
pela porta das insanidades
Você cruzou o vale
a Anne pediu a fita
de você fumando pity
com as visitas, os pais, as filhas
na fila da Disneylândia
a luz do Epcot apagou por 2 horas
enquanto desentalavam 5 obesas do Viking
haviam roubado o Mc Donald's
e superfaturado no Burger King
Então os dreadlock correram para dentro do concreto
e invadiram as casas abandonadas
Era plena pandemia
e as pessoas estavam confinadas
E junto ao susto que os espargiu
a bomba jogada na toca de fiss
o cheiro de piss
grudado nos cabelos
e nos pelos
em forma de códigos de programações
de TIs
excomungados
grudou nas línguas dos frequentadores das tribos
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e a visão
turvou
e ninguém havia lido
Saramago
e havia o filme gravado
mas era filme mudo
e ninguém via nada
além do absurdo
E pediram patrulhas
à Polícia
para que os rádios da PM
re-ensinassem nossa língua
(já que ambulância
é um TI
clandestino
também
e não ajuda nem
cachorro
parir
neném)
mas a verba das viaturas
foram aplicadas
em respiradores
do mundo inteiro.
E o silêncio veio assim:
com códigos bêbados
de dentro de um buraco
da serra do saci
(arrancaram a perna da Thaís e deram uma perna mecânica a ela para provar que ela era de lá
mas ela não gosta de bebida alcoólica nem maconha
nem nenhuma droga
que entre pelo nariz, boca, ouvidos ou outros orifícios
que não seja aprovada pela
ANVISA)
Atenciosamente,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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